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segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Studio 60 no SBT


Na época em que passava na Warner dei a dica pra muita gente, "Studio 60 on the Sunset Strip" era a série mais inteligente do momento.
Um show sobre outro show, mostrando os bastidores de um programa tipo "Saturday Night Live" pelo olhar dos seus produtores executivos, abordando bastante o drama e a pressão de se produzir ou escrever pra televisão em um mercado feroz.


Essa foi uma daquelas séries que me conquistaram no primeiro episódio (Six Feet Under foi outra), cada vez eu ia me tornando mais fã até chegar num ápice no sexto episódio ("The Wrap Party"), que talvez seja o melhor da série. Não que tenha decaído depois, quase todos os episódios são muito bons, mas este é especial, principalmente se você já estiver familiarizado com a trama.
Só depois fui descobrir e custei a acreditar que a série já havia sido cancelada antes mesmo de sua exibição no Brasil. Foi um baque semelhante a outra série também criada por Aaron Sorkin ter sido cancelada, "Sports Night", neste nós fomos apresentados aos bastidores de um programa de notícias esportivas, também super inteligente e pelo que me lembro era até mais dinâmico, focando bem a correria por trás das câmeras.

Entendendo que as vezes inteligência não é o forte do telespectador (ou mesmo dos produtores) foi com surpresa que descobri que "Studio 60" começou a passar no SBT, pelo que sei a estréia foi no dia 06 deste mês (esta informação também estava na página da Wikipédia em português).
Muito legal. Se não fosse pelo horário que reservaram ao programa, quarta às 4:30.
Mas pra quem conhece o tratamento que o SBT (ou mesmo a Globo) dá aos seriados isto não é muita surpresa.


Na época da Imagem e Som eu acabava voltando pro apartamento por volta de uma da manhã, sem sono por ter acabado de jantar.
Por causa de algum fenômeno eletromagnético estranho na cidade de São Carlos a maioria dos bairros só pegavam Globo e SBT e o meu era um deles.
Foi natural então eu acabar descobrindo que o SBT vinha exibindo "Felicity" por volta das duas da manhã, eu já era super fã desta série mas só tinha conseguido acompanhar as duas primeiras temporadas, graças ao SBT eu pude acompanhá-la até o final.
Tenho que reconhecer que neste caso existiu respeito ao telespectador, com os episódios na ordem correta, a série correu firme até o final (apesar de que só reprisavam a terceira e quarta temporadas, por sorte as que faltavam para eu assistir).
Mas no caso de "Studio 60" às 04:30 da matina é forçar a barra.

O pior é que parece que a escolha deste horário tem um mínimo de embasamento.
Estava achando que a audiência acabaria sendo só de guardas-noturnos, bóias frias que acordam às 4 pra fazer o café, ou fazendeiros que deixam a tv ligada enquanto estão tirando leite, ahh, e tem também os famosos depressivos que por ficarem acordados de madrugada são o público alvo desses programas de igrejas evangélicas.

Pra mim é lógico que este é um seriado para o horário nobre e que iria ameaçar a concorrência, mas isto iria obrigar o SBT a colocar programação de qualidade no mesmo horário também nos outros dias da semana, somado ao fato de que só existe uma temporada fica realmente mais difícil escolher um horário, mas 4:30 já é sacanagem

PS: Estava me esquecendo, pra quem se interessou, vale a pena a medida que acompanhar a série ler algumas das análises críticas da Laura Gomes (longas e as vezes até exageradas mas sempre tem algo pra se aprender ali).

Um comentário:

Anônimo disse...

Opa, obrigado por visitar lá o meu blog. Ainda é novo, por isso é sempre bom ver novos visitantes por lá.


E realmente é uma pena que Studio 60 tenha tido vida tão breve. Foi ótimo poder ver o Matthew Perry em sua melhor forma novamente (já que mesmo em Friends ele perdeu muito o destaque nas últimas temporadas).