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sexta-feira, agosto 01, 2008

Sex Drive - trailer

Alguns filmes tem tudo para se tornarem clássicos...
Clássicos da Sessão da Tarde.

O virgem, o carrão, o valentão cruel, a garota e a estrada a ser cruzada mais a falta de nudez explícita (assim pelo menos dá pra passar de tarde).
Ah, e também possui cenas que tem tudo pra ficar na nossa memória fílmica, como um policial tentando render um "donnut" com uma arma de choque.




Estou fazendo um teste com o trailer da página da Apple, tentando colocar o tocador do Quicktime direto no post mas sem o "autoplay" automático, se o post sair errado peço desculpas desde já.
Para aqueles que quiserem ver o trailer numa resolução maior sigam o link:
Trailers de Sex Drive

PS: Para os pouquíssimos leitores que chegaram a assistir ao filme nacional "Nome Próprio": Vocês sacaram como dar um passo além naqueles efeitos de texto-flutuante-na-tela-a-medida-que-vai-sendo-digitado?

terça-feira, julho 29, 2008

Trailers de Watchmen


Watchmen, um dos melhores quadrinhos já feitos irá se tornar filme, já devo ter falado sobre isto em algum outro post.

Falta apenas quase mais um ano mas pelo menos agora já podemos ver o trailer.
A julgar pelo visual parece que não iremos nos arrepender, confira e veja se será tudo isso.

http://www.apple.com/trailers/wb/watchmen/index.html

segunda-feira, julho 28, 2008

"Nome próprio", ou o dia em que poderia ter assistido "Wall-E"

A maior lição que eu aprendi ao assistir ao longa "Nome próprio" foi nunca trocar uma animação da Pixar por um filme de pessoas em crise.

O filme tem vários defeitos e o primeiro deles foi que por ocasião de força maior fui assisti-lo no lugar de "Wall-E".
Outro defeito é a história em geral.

A direção segura e a atriz é ótima, mas tudo é colocado a perder por um personagem chato. Quase um vilão.
Fosse um personagem masculino tendo o mesmo tipo de atitude e o filme seria chamado de machista.
Camila, a personagem principal, pula de um relacionamento para outro sem aprender nada com eles.
Imagina-se que uma pessoa vivida tenha aprendido mais sobre a vida e as pessoas. Que alcance graus de comunicação, intimidade e entendimento maiores do que aqueles que tem medo de viver.
Mas no caso de Camila vivida não tem um bom sentido, significa apenas alguém que se atira sem pára-quedas nas situações, ou por falta de bom senso ou porque ela não liga a mínima, para as preocupações, pra a vida e nem para as pessoas.
Todas as relações da personagem foram uma fantasia, ela transava com a idéia que fazia dos caras não se preocupando em conhecê-los de verdade.

Alguém que se orgulha das cicatrizes que a vida lhe causou (e aqui já revelo uma das frases finais do filme) não deveria se comportar como um louco que segura uma faca e fica fazendo cortes em si mesmo.
As cicatrizes das quais ela fala não foram causadas pela vida mas sim por ela mesma.

Creio ter explicado em parte porque a personagem central é incoerente, porém uma personagem incoerente não significa uma obra incoerente.
Neste caso o maior defeito foi o de criarem uma personagem pela qual o público não torce.
Pra mim não fazia a menor diferença se Camila iria ficar com o ex-namorado, com o nerd leitor do blog, com o homem dos seus sonhos ou com a amiga lésbica. Também não fazia a menor diferença se ela iria conseguir pagar o aluguel ou não.
Isto parecia não ter a menor diferença pra ela então por que deveria fazer alguma diferença pra mim?
O que fez diferença pra mim foram os R$16,00 de ingresso que eu paguei.
Afinal de contas uma escritora que vomita no teclado não parece ter muito respeito nem pelos seus leitores, seu futuro ganha pão.

A direção (no que é possível separá-la do roteiro) teve um árduo trabalho, um deles foi o de mostrar um escritor em crise.
Seria de se esperar alguém esmurrando a parede, arrancando os cabelos, quebrando vasos e a mobília como se os escritores fossem todos perturbados mentais ao invés de profissionais que utilizam a escrita como meio de comunicação (Nunca dê um vaso de presente para um escritor, afinal ele irá quebrá-lo na primeira crise criativa).
O filme até começou assim, em um misto de crise criativa com final de namoro temos um cigarro apagado na parede, mas depois deste começo ruim a coisa melhorou.
Um grande mérito (seja de roteiro ou de direção não importa, foi uma boa idéia) se deve àquelas letras que ficam passando na tela e diluem um pouco a atenção que de outra forma seria dirigida para a personagem, que afinal não está fazendo grandes coisas além de pensar e digitar, nada com apelo visual.

Uma história com meio, meio e meio ao invés do clássico começo meio e fim.
Não me refiro apenas ao final em aberto, mas ao fato de que a história não progride, tanto faz se começassem o filme no início do namora fracassado ao invés de na briga da separação ou se terminassem no final do próximo namoro fracassado. Ou no meio de qualquer um dos namoros fracassados.
Para um pessoa que se joga nos relacionamentos sem realmente se relacionar, apenas contando com a sorte para encontrar algum dia na sua cama alguém que queira passar o resto da vida junto, tanto faz como tanto fez.

Acho que uma escolha de personagem principal muito mais acertada seria o primeiro ex-namorado de Camila, no começo do filme achei que o cara fosse um crápula mas ao longo do filme fui mudando de idéia, nós não chegamos a conhecê-lo muito bem, ele só aparece nos momentos de briga.
Porém fiquei imaginando, culpado ou inocente, que "Nome próprio" seria um filme muito mais interessante se mostrasse a história de um cara que tem sua vida infernizada pela louca da ex-namorada que tem um blog e resolve difamá-lo publicamente, prejudicando sua vida, seu emprego e suas futuras relações.
Como vilã talvez Camila tivesse mais "direitos" de agir sem ter razão.

terça-feira, julho 22, 2008

M. Night Shyamalan vai dirigir Avatar


Sou um grande fã de Avatar e fiquei um pouco preocupado com o futuro lançamento deste filme.

Pra quem não conhece, Avatar é o melhor do que se pode esperar de um desenho hoje em dia.
Desenho de qualidade e valores elevados.
Tem muito adulto que deveria voltar a ser criança pra poder aprender alguma coisa com esse desenho.

Aí chega a notícia, Avatar vai virar filme.
Me assusto. É algo parecido a querer transformar em filme o desenho "Akira", outro clássico.
Pelo menos o Shyamalan me passa mais segurança que Leonardo Di Caprio.
Mas venhamos e convenhamos, como diretor M. Night Shyamalan manja do traçado mas como roteirista, de "O sexto sentido" pra cá, foi só decadência.

Ainda assim sou otimista, e se os criadores do desenho estão entusiasmados e mantendo uma relação próxima ao diretor acho que dá pra ficar mais tranqüilo.


Aviso aos que tem pouca banda, a duração do vídeo é de 10 min.

sexta-feira, junho 20, 2008

Sucesso no cinema independente

Parece que não é só por aqui que não se ganha dinheiro com o cinema independente.

De acordo com este artigo de Penelope Spheeris, "Casamento Grego" (My Big Fat Greek Wedding) e "Pequena Miss Sunshine" (Litlle Miss Sunshine) são as exceções que confirmam a regra.

Acaba sendo que o cinema independente é feito por pessoas que gostam da arte e querem por a mão na massa.
Existe também a grande leva de estudantes, estagiários e iniciantes que aceitam trabalhar de graça ou por um salário de fome.
Apenas algumas categorias conseguem realmente viver de cinema, por exemplo, é muito difícil achar algum eletricista que tope trabalhar de graça.
Agora, o que eu achei interessante é que mesmo nos Estados Unidos onde a indústria do cinema funciona de verdade a coisa não melhora muito pro cinema independente.


Pra quem estiver interessado em conferir mais artigos e respostas à dúvidas sobre direção, fotografia e roteiro vale uma visita nos arquivos de Ask a Filmmaker, no IMDB.

sexta-feira, maio 30, 2008

Frase - Indiana Jones e o reino da caveira...

Melhor frase crítica sobre o filme Indiana Jones e o reino da caveira de cristal:

"Harrison Ford fez um trabalho admirável considerando que sua idade está próxima da dos artefatos que ele vem recolhendo" - Ken Levine

Eu achava que o cálice sagrado iria protegê-lo do envelhecimento, parece que não, mas pelo menos ele sobreviveu a uma explosão atômica e uma queda de catarata (sem barril).

terça-feira, maio 27, 2008

Teste vocacional - arqueologia

As vezes o mundo do cinema parece tão injusto quanto a vida.
Na vida ainda temos o Carma, políticos e a ganância humana mas o cinema não tem boas desculpas para tamanha desigualdade social.

Peguemos as profissões por exemplo, algumas profissões estão muito melhor representadas do que outras.
Imagino que não seja por falta de imaginação dos roteiristas (tenho que defender o talento deste grupo de classe).
Com certeza também não é pela falta de apelo imagético que certas profissões possam ter, pois mesmo em tempos de super exposição de efeitos especiais algumas profissões muito chatas à primeira vista acabam se sobressaindo mais do que outras, basta olhar a quantidade de exemplos fornecidos pelo ótimo programa "Trabalho Sujo" da Discovery (Dirty Jobs - este também está naquela categoria de programas honestos da qual Mythbusters faz parte) e a quantidade muito maior de filmes de advogados.


Recentemente assisti ao novo filme do Indiana Jones e me ocorreu que os arqueólogos estão muito bem representados no quesito beleza pessoal.
Com tipos como Harrison Ford e Angelina Jolie para representá-los fica claro que não é qualquer um que pode se tornar um arqueólogo, a beleza é algo essencial.
Que eu saiba nunca conheci um arqueólogo pessoalmente e a grande maioria dos amigos que conheço não passariam no teste de admissão que com certeza deve envolver currículo com foto de corpo e rosto.
Aliás isto poderia explicar uma possível falta de arqueólogos por aí, as agências de modelos chegam até eles e os seduzem com promessas de uma vida mais glamurosa.
Se você ao andar na rua não chama a atenção e nem provoca admiração por onde passa nem pense em se tornar um arqueólogo.

quinta-feira, abril 17, 2008

Pós-desprodução

Há pouco tempo Wilson, amigo e leitor do blog, levantou uma questão.
O que acontece com os cenários e toda aquela parafernália dos filmes depois que eles acabam de filmar?

Na época havíamos lido o blog do filme Watchmen.
Em um artigo o diretor do filme, Zack Snider, cita números do que foi usado pra construir uma mini Nova York em Vancouver, Canadá.


Antigamente os estúdios possuiam "backlots", que eram uma grande área aberta própria para se construir os grandes cenários de exteriores (e.g. uma rua em particular, uma cidade de faroeste, uma floresta). Creio que hoje só os grandes estúdios possuem estrutura para uma área aberta deste porte.
Muito mais comum é a gravação dentro de um estúdio, que seria um grande galpão fechado (inclusive com isolamento acústico) com toda a infra-estrutura necessária para se fazer uma filmagem. Alguns galpões são tão grandes que se precisarem de um trecho pequeno de uma rua ela pode até ser feita em estúdio, o que seria até mais econômico pois as condições estão todas controladas, não é preciso permissão de prefeitura nem de polícia/bombeiros e nem tem risco de chuva (a maioria das ruas de sitcoms são feitas em estúdios).

Mas o que acontece quando o backlot é montado longe do estúdio, as vezes em outra cidade, como foi o caso de Watchmen?
Não sei responder. Talvez quando estiver mais próximo da estrutura de produção industrial do cinema norte-americano eu entenda melhor o que acontece.
A minha impressão é que se a produção não for inteligente o bastante pra ganhar dinheiro vendendo o cenário ou reciclando eles simplesmente deixam tudo pra trás.

Em um post do blog do John August, ele reforça esta impressão.
Derek Frey, um assistente do Tim Burton, fez uma recente viagem para o Alabama e tirou fotos do que restou de alguns dos antigos sets de "Peixe Grande" (Big Fish).


Olhar para um cenário antigo e atacado pelo tempo me passa a sensação de olhar pra paisagens de ruínas, algo que já teve sua história, mas é preocupante pensar que no fundo esses cenários só estão lá devido a um desperdício, reciclagem gente, reciclagem.

segunda-feira, abril 14, 2008

Operadores de Steadicam e seus planos

A dica da vez é o site Steadishot.org.

Eu ainda preciso explorar mais este site, é o tipo da coisa que promete consumir muito minha taxa de downloads mas tem tudo pra valer a pena.

Steadicam é uma marca registrada que virou sinônimo de "aparelho estabilizador de câmera", assim como Gillete virou sinônimo de lâmina de barbear.
O operador de Steadicam é um tipo especial de operador de câmera, sua atenção tem que ser redobrada em relação ao enquadramento, ao seu próprio equilíbrio (enquanto caminha e opera o equipamento) e à sua posição em relação aos atores.

A posição do operador de steadicam em relação aos atores é tão importante nestes tipos de planos que atores e operador chegam a formar uma dança. Onde a posição de cada participante afeta o parceiro, existem marcas a serem respeitadas mas também pode haver improvisação, o erro individual prejudica o conjunto mas quando tudo dá certo a qualidade do conjunto é muito maior do que a soma das qualidades individuais.

E no Steadicam.org somos apresentados a vários operadores, trechos de filmagem e ainda comentários a respeito destes planos, as vezes escritos pelos próprios operadores.
Os vídeos disponíveis, com os planos onde o steadicam foi utilizado, são um recurso valioso pra estudantes e amantes do cinema, profissionais do ramo e curiosos em geral.

É interessante imaginar como deve ser difícil dirigir algumas destas cenas, tudo tem que estar muito bem ensaiado, mas creio que muito mais difícil é explorar o uso do steadicam para que contribua muito mais para a mensagem que se quer passar do que se fosse utilizado uma câmera fixa (ou movimentos mais simples).
A arte está em criar novos significados, novas sensações, e não deixar que o equipamento seja utilizado apenas como pirotecnia estética.

Um ótimo exemplo é aquela cena de "Shaun of the Dead".
Shaun caminha batendo nos zumbis com um taco de cricket, a caminhada é bem fluida, mas em termos de produção atores e câmera devem estar em posições precisas, caso contrário as pancadas iriam parecer falsas e o próprio caminhar não iria parecer tão fluido (link pra a cena).

E só para variar, faço nota também de uma cena de abertura de um dos episódios de "Scrubs" ("My Student"), no qual os internos recebem seus primeiros estudantes de medicina.
Veja no site Steadicam.org para ler os comentários ou assistir com uma resolução melhor.
Abaixo está a mesma cena no YouTube só que com resolução bem pior (no final tem mais algumas cenas do episódio que não dizem respeito ao assunto).




A cena do jeito que está transmite muito bem a idéia de que o hospital é um lugar ao qual eles já estão acostumados.

quarta-feira, abril 09, 2008

Geeks, Star Wars e videogames

Desde "A vingança dos nerds" parece que os nerds e geeks nunca estiveram tão em alta.

O nerd do qual vou falar aqui é Ernest Cline, roteirista de "Fanboys".


Um filme sobre um grupo de amigos fãs da trilogia original de Star Wars.
Eles acabam descobrindo que um deles está com câncer, então decidem invadir o Skywalker Ranch e roubar uma cópia de "Episódio1 - A Ameaça Fantasma" para que possam assistí-la antes que o amigo morra.

Aliás, um pequeno parênteses, já era para este filme ter estreado porém a produtora "The Weinstein Company" gostaria de fazer algumas re-filmagens e tirar toda a história do câncer da trama, deixando assim só a parte de comédia. Diretores e fãs estão tentando preservar a versão do diretor, daí a confusão.

Enquanto a confusão com "Fanboys" caminha para um fim Ernest Cline já emplaca mais um roteiro. Ele acaba de vender um "spec script"* para um próximo filme, por enquanto chamado de "Thundercade".
É sobre um junkie do videogame já crescido e enfrentando crise de meia idade que descobre que um garoto quebrou seu antigo recorde dos tempos de adolescência, ele se junta a mais dois amigos decididos a recuperar seu lugar na história dos videogames e a ganhar o maior campeonato de videojogos do momento, o Thundercade.


Agora fico imaginando como seria se esse tipo de história tivesse alguma chance aqui no Brasil:
- Um viciado em videogames utiliza sua habilidade nos jogos pra derrotar moralmente o chefe do tráfico local (isso se o traficante não morrer no processo) e conseguir uma vida melhor
- Um grupo de fãs de Star Wars do sertão nordestino juntam forças para realizar seu grande sonho, uma réplica de Tatooine em pleno sertão, acabando por inventar uma "fazenda de água" que funciona de verdade e salvam o povo local que agora não sofrerá com a seca.


E para aqueles que estão pensando em quem seria aquela bela garota que posa junto com os nerds na foto acima, aqui vai uma foto mais fácil de identificar (para deleite e fetiche dos fãs):




*spec script = é quando o roteiro é vendido pronto, em oposição a "optioned script" que é quando o estúdio contrata o roteirista (para um projeto em desenvolvimento) e paga pelo direito de comprar o roteiro quando este estiver pronto, o estúdio decide depois se vale a pena produzir o filme mas já garantiu seu direito de comprar o roteiro.

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Hitchcok e Vanity Fair, diretores de arte e paleta de cores mais biblioteconomia


A edição de março da revista Vanity Fair apresenta um super ensaio fotográfico colocando atores atuais representando frames clássicos dos filmes de Hitchcock.

Este foi o site em que eu achei as fotos com a melhor resolução.
Veja o mais rápido possível (mesmo se você tiver conexão discada), vale muito a pena e não sei até quando isto ficará disponível.

Mas é legal conferir também este pequeno artigo comentando sobre os bastidores e sem esquecer de conferir o portifólio no próprio site da Vanity Fair, onde é possível clicar sobre as fotos modernas para ver a comparação com as cenas clássicas dos filmes de Hitchcock, todas acompanhadas de algum comentário curioso (para os fans).


Se você for até o site PICTURAPixel vai perceber que a comparação que eles fizeram com as fotos de "Strangers on a Train" é bem melhor do que a do site da revista, e vale muitíssimo a pena para os diretores de arte. Dá pra comparar cada item em cima da mesa em relação ao original.

A direção de arte do ensaio é primorosa, roupas, objetos de cena e cenários são utilizados e montados com um cuidado especial.
O outro ponto deste ensaio fotográfico que também achei deslumbrante foi claro a fotografia.
Luzes, sombras, cores e atmosferas recriando os frames clássicos como se Hitchcock estivesse ali tomando conta.



Essa discussão das cores retoma um pouco o assunto sobre design de um post anterior, as cores nos filmes de Hitchcock são muito bem pensadas, escolhidas a dedo mesmo, e não é que um maluco chamado Dave Pattern resolveu criar um gráfico da paleta de cores de "North by Northwest" e montar a visualização como se fosse um exame de DNA (foto).

A coisa foi feita mais ou menos assim, o cara tem um projeto chamado 1000 Frames of Hitchcock, onde cada filme do Hitchcock é separado em mil frames que englobam o filme inteiro, um frame a cada seis segundos em média (ótima fonte para bloggeiros e estudantes de cinema).

Ele pegou esses mil frames de "North..." e calculou a média de cores de cada frame.
A média foi obtida transformando as cores de um frame inteiro em uma imagem de 1x1 pixel com uma cor só, aí foi só transformar em linhas e você tem uma paleta de cores completa em relação à duração do filme.
Não é o máximo? Nerd e cinéfilo até os ossos.

Novamente muito útil para fotógrafos e diretores de arte.
E onde entra a biblioteconomia nisso tudo?

Acontece que o Dave Pattern também é o gerente de sistemas da biblioteca da Universidade de Huddersfield, e sendo nerd e artístico ao mesmo tempo trouxe a tona um sistema que resolverá grande parte dos problemas de muitos bibliotecários por aí: Como achar um livro pela cor de sua capa?
O sistema como ele mesmo diz ainda é um pouco crú, as cores tem que ser entradas em valores hexadecimais, mas é fácil achar uma tabela dessas na web, na página do artigo original ele coloca até um link com exemplos.

Misturando biblioteconomia com direção de arte a biblioteca pública de Huddersfield chegou até a classificar os livros nas estantes pela cor da capa (a foto desta brincadeira está no mesmo post da paleta de cores como exame de DNA, citado acima).

Chego a pensar em quão privilegiados foram meus amigos da Imagem e Som que tiveram contato com os estudantes de Biblioteconomia, tantas possibilidades pela frente, é só exercitar a criatividade.



Nota explicativa: Em relação ao site com as fotos em grande reolução, sempre que eu coloco algo aqui tento aplicar a política do "Fair use", imagens com menos resolução que o original, fontes citadas em algum lugar do texto e sempre quem se beneficia mais com a divulgação do material é o detentor dos direitos das imagens, por isso disse não saber até quando o dito site ficará disponível.

sábado, fevereiro 23, 2008

Aberturas de filmes

Tá, na verdade estou me referindo mais a créditos de filmes do que a uma "abertura" mas foi só pra fazer o gancho com o artigo anterior.

Esta dica eu peguei do blog "Boot in the pants", do diretor de televisão Ken Girotti. O cara já trabalhou em diversos programas, em relação aos seriados norte-americanos isto é bem normal, os escritores se mantém e os diretores variam então acabam participando de vários programas. Mas voltando ao assunto.

Para a galera envolvida com design isso não é nenhum segredo, algumas aberturas de filme são verdadeiras obras de arte.
Não que tenham que ser "belas", mas devem passar a mensagem, aumentar o interesse do espectador e criar um clima, deixando-o preparado para o que está por vir.
Eis que eu achei no site supracitado um link para este site aqui:
Forget the film watch the titles

Um site dedicado a apresentar os créditos mais marcantes do cinema (as vezes isto inclui créditos finais também), a conexão aqui estava horrível, demorando demais, mas pela proposta do site vale a pena dar uma conferida.


Acabei achando a abertura de "Dead Man on Campus" (Procura-se um morto), um filme que eu já tinha visto (acho que) na Tela Quente e achei bem bacana, ótimo para virar hit de Sessão da Tarde.
Só que eu tinha perdido o começo, então não tinha visto a abertura, que perda, os créditos iniciais são fantásticos, tem tudo aquilo que é preciso ter e com muito bom humor.
Talvez seja o filme de humor negro mais leve que eu já vi e a abertura combina muito bem, ótima idéia colocar o nome dos atores misturados com as alternativas das provas e em meio a diagramas de suicídio.


Mas como podem ver (e ouvir) por este primeiro exemplo, não basta segurar apenas pelo visual, a trilha sonora tem também um papel chave pra criar o clima inicial, é assim na abertura de "The Good, the Bad and the Ugly" (O bom, o mau e o feio).
Se eu soubesse tocar gaita com certeza iria querer tirar esta música, esta e aquele trechinho que o Charles Bronson toca em "Once Upon a Time in the West" (Era uma vez no Oeste).


No site tem também os belos créditos finais de "Lemony Snicket's A Series of Unfortunate Events" (Desventuras em séries).
Gosto muito desta animação, mas assisti-la no final do filme me causou uma sensação estranha.
Primeiro que acho que ficaria muito melhor no começo do filme, o final do filme (pra quem se lembra) já continha um resumão no qual o vilão tinha que passar pelos mesmos infortúnios que os heróis, aí depois seguem-se os créditos que também são basicamente um resumo do filme, ficou repetido demais, apesar do crédito como peça autônoma ser bem legal.
Outra que com uma animação tão legal assim pensei que o filme inteiro bem que poderia ser desse jeito, Emily Browning que me perdoe, seu personagem com certeza está no topo da minha lista de ninfetinhas do cinema.

As imagens deste artigo são "print screens" de frames das respectivas obras, e depois editados, e estão aqui apenas com fins promocionais.

sábado, fevereiro 02, 2008

Carnaval saudosista

Este ano estou conseguindo me afastar de quase tudo relativo ao carnaval, talvez tenha dado sorte, ou talvez esteja mais alienado do que nunca, não sei. Provavelmente um pouco dos dois.

As únicas notícias que estou fazendo questão de acompanhar dizem respeito à greve da dos roteiristas da WGA, isto e estudar roteiros através de alguns podcasts, pelo menos estou entendendo melhor como Hollywood funciona e sobre o processo de construção dos filmes.

Talvez isto explique porque este ano o carnaval está me fazendo sentir meio saudosista.

Pra mim o samba morreu, é praticamente uma arte extinta, morta lentamente pelos samba-enredos que a cada ano colocavam mais um prego em seu caixão.
Para completar o funeral surgiu o aché, e pra quem tinha bom gosto e achava que não dava pra afundar mais, surpresa, surgiram É o Tchan e grupos similares, depois o funk e hoje escuto um ou outro carro que passa com o som bombando com algo que dificilmente seria chamado de música.

Achei ótimo um ano em que a MTV lançou uma programação só com Rock para o carnaval, nesta época eu não tinha acesso a TV por cabo e era minha única saída.
Rock'n Roll e Blues, isto sim daria pra escutar três dias seguidos sem cansar.
Hoje tenho acesso ao cabo, é só questão de garimpar a programação, neste sábado por exemplo passa Babylon 5 na Warner channel.

Mas o que estou querendo mesmo é fazer uma grande maratona de flashbak pela década de 80 (adentrando um pouco por 70 e 90). Ocupar todo meu tempo livre para que o carnaval não chegue até mim.
Aqui vão as minhas sugestões:

e pra fechar com chave de ouro:

domingo, janeiro 27, 2008

Oscar - roteiro dos filmes indicados

Atualização (02/02/08): Mais links de roteiros indicados, Focus Features e Vantage Guild. Da Disney encontrei informações sobre três filmes "Encantada", "Piratas do Caribe 3" e o único com o roteiro disponível "Ratatouille".

Este tópico é voltado aos leitores e roteiristas de plantão.
Me deparei com alguns links de estúdios onde eles disponibilizam os roteiros dos filmes indicados ao Oscar.
É uma espécie de propaganda onde os roteiros ficam a disposição dos membros da academia (e do público em geral) para estudarem melhor os candidatos.

No da Fox Searchlight Pictures estão os roteiros de "Waitress", "Juno", "The Darjeeling Limited", "The Namesake", "Once" e "The Savages".
No da Miramax tem os roteiros de "No Country For Old Men", "The Diving Bell And The Butterfly" e "Gone Baby Gone".
No da Universal os de "American Gangster", "Breach", "Knocked Up", "The Kingdom", "The Bourne Ultimatum", "Elizabeth The Golden Age".





Vasculhando estes sites lembrei porque estava com vontade de ver "Waitress". Sou um grande fã de "Felicity" e esta seria mais uma oportunidade de ver aquela belezinha da Kerri Russel.





Mas fuçando um pouco mais também fiquei com vontade de assistir a "Once", a descrição da trama no IMDB está assim: "A modern-day musical about a busker and an immigrant and their eventful week, as they write, rehearse and record songs that tell their love story."
Aí fiquei pensando em artistas de rua. Agora estou tentando elaborar uma história romântica para aquele cara que fica no vale do Anhangabaú cercado de gente em volta esperando pra ver ele pular por dentro de um círculo cheio de facas

PS: Quem estiver interessado nos roteiros é bom baixar logo, não sei até quando os links ficarão disponíveis.

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Comerciais da Sony Bravia

Já faz uns meses que recebi o link do comercial "Play-Doh" da Sony Bravia, aquele com os coelhinhos, e fiquei devendo um post sobre ele.

Achei impressionante este comercial, descobrir que foi realmente feito com stop-motion e não por efeitos de computador apenas aumentou a fascinação.
Nova York, durante o dia, pessoas passando, centenas de coelhos e muita massinha, tá tudo ali.



Mas mesmo tendo sido avisado de que era "apenas" stop-motion ainda sobrava aquela dúvida, será que não teve nem um efeito digital alí?
Foi então que me passaram o link da Passion Pictures, a produtora que realizou o comercial.
Play-Doh na Passion Pictures
O making of é aquela figura que tem um polvo.
Aliás o site é ótimo, grande variedade de vídeos de qualidade. Tudo aquilo que você precisava pra consumir sua banda, com certeza vale uma visita pelos outros trabalhos.

Mas para aqueles que não tiverem tempo de assistir o making of até o final eu coloquei aqui um trechinho, aquela partida de ping-pong entre os animadores. Os caras fazem tantos testes antes de um projeto desses que surge muita coisa interessante, este vídeo é uma palhinha desses momentos.




Agora só pra não ser injusto com os outros comerciais deixo eles disponíveis abaixo.

Paint - comercial


Paint - making of


Bouncy Balls - comercial


Bouncy Balls - making of


E é claro que todo bom produto audiovisual gera uma série de novos produtos contendo referências.

A paródia

quarta-feira, setembro 12, 2007

Filmes héteros sobre gays ou filmes gays sobre héteros?

Assisti neste final de semana "Eu os declaro marido e... Larry" ("I Now Pronounce You Chuck and Larry" - com Adam Sandler e Kevin James), senti que é praticamente uma adaptação de um filme australiano que assisti um tempo atrás.
"Strange Bedfellows" ("Estranha amizade", se não me engano) com Paul "Crocodilo Dundee" Hogan tem uma premissa muito parecida, dois amigos heterossexuais que se passam por um casal gay para conseguir um benefício fiscal.

Os dois são bons mas "Strange Bedfellows" teve o mérito de vir primeiro, um filme leve e sério ao mesmo tempo, abordando um conteúdo de preconceito e que para muitos ainda é tabu. É um daqueles filmes que servem para te abrir a cabeça, mostrar que o diferente não precisa ser temido.
"Eu os declaro..." tem boas sacadas e algumas piadas novas, isto é bom pra acrescentar alguma coisa nova pra quem já havia assistido ao filme australiano, mas não inova muito ao tratar do tema, certas situações são exageradas demais (como o tribunal no trecho final do filme) o que acaba desvinculando o filme da realidade, isso suaviza demais o tema.
"Strange Bedfellows" por sua vez passa uma aura muito mais próxima do real. Além de tratar do tema da homossexualidade apresenta dois protagonistas de meia idade, já entrando na velhice, mas faz isso com uma graça, leveza e integridade difícil de se ver em qualquer outro filme, seja comédia, drama ou subversivo.

Quer dar muita risada assista "Eu os declaro marido e... Larry", agora se você quer se emocionar assista "Strange Bedfellows".