Procurar assuntos relacionados

Custom Search
Mostrando postagens com marcador avulsos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador avulsos. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Momentos íntimos e contemplativos


Não é segredo que muitas das grandes invenções da humanidade aconteceram durante o momento mais introspectivo de seus criadores, ou seja, no banheiro.
O banheiro por si só já foi um grande feito.
Tenho uma teoria de que a humanidade só se espalhou pelo mundo possibilitando todo este alcance geográfico e globalização graças à instalação de banheiros nos locais de passagem ou de encontro de pessoas. O fato de poder encontrar um banheiro no lugar para onde você vai nos dá uma certa paz espiritual e é motivo bastante para segurar em casa muitas pessoas que de outra forma gostariam de acampar, mas sabem que chegando no local combinado não haverá vaso sanitário e muito menos um papel adequado.


Tem também todo este lado da criatividade, é impressionante como muitas idéias e insights surgem no momento em que você está no banheiro (para mim o chuveiro propicia estes momentos), agora, imaginem ter este momento criativo e mais o catalisador de estar realmente contemplando o mundo.
Talvez tenha sido pensando nisso (e muito provável que tenha sido no banheiro) que um documentarista britânico resolveu lançar um livro com fotos de banheiros com vistas espetaculares.



De certa forma isto me lembra a privada da contemplação do seriado "Scrubs", que ficava no telhado do hospital e todos que a utilizavam acabavam tendo algum grande insight para resolver algo que os afligia.

 

segunda-feira, agosto 11, 2008

Pequena grande arte


Arte de rua e intervencionista, mas isto não significa que a exposição deva ser grande, neste caso o belo está nas pequenas coisas.


Afinal de contas, no dia a dia, nossas "pequenas" atitudes podem fazer uma grande diferença.

Confira mais trabalhos deste artista londrino no blog "Little People".

sábado, julho 26, 2008

Futuro da computação a curto prazo

Para acelerar o poder de processamento dos computadores muito tem sido pesquisado, miniaturização, novos materiais, e até mesmo substâncias biológicas sendo usadas para fins computacionais.

Mas hoje eu li um artigo no excelente blog Macmagazine (baseado no original do The Guardian) que mostra uma possibilidade bem real sobre os rumos da aceleração computacional a curto prazo.
Isso porque ao meu ver as mudanças aproveitam aquilo que os computadores já tem, que são as placas de vídeo e que ficam ociosas quando o usuário não está fazendo uso intenso de gráficos.

É claro que isso talvez envolva uma ou outra mudança no hardware e algumas mudanças na programação dos softwares, mas algo bem mais fácil e palpável de se fazer do que inventar uma tecnologia nova do zero.

Ainda vai chegar o dia em que qualquer computador de banca de esquina será capaz de editar vídeo em alta definição.

domingo, julho 20, 2008

Expectativa de vida dos roteiristas

Não devo ter sido o único da minha turma que sentiu um certo stress ao explicar para os pais a sua opção de carreira.
Ao invés de escolher carreiras mais "seguras" como engenharia, medicina ou direito nos deixamos levar pelos nossos sentimentos mais básicos e abandonamos a segurança para trilhar o caminho da descoberta da essência do que é ser humano. Fomos fazer um curso de audiovisual, no caso da minha turma, mais precisamente, o curso se chama Imagem e Som (mas é tudo a mesma m...*).

Pra complicar um pouco já não era minha primeira faculdade.
Pra complicar mais um pouco, meus amigos do colegial já estavam casando.
Alguns tendo filhos.
A independência financeira nem tchuns, só apareciam mesmo eram trabalhos não remunerados, estes não faltavam.
Ainda por cima temos que nos considerar como parte dos afortunados, pois afinal estávamos tendo a oportunidade de treinar o nosso ofício (mesmo sem receber) e estávamos batalhando pela nossa educação superior (este fator apenas nos coloca em posição privilegiada sobre a maioria da população).

Mas mesmo que venha a independência financeira e para alguns a fama, o sucesso e a fortuna, quando se trata de escrever roteiros você sempre pode se estrepar um pouco mais.

De acordo com um estudo de 2001 publicado no British Medical Journal, os roteiristas vivem menos.
Pelo menos quando se trata dos ganhadores do Oscar.
Os ganhadores mostraram ter uma expectativa de vida menor do que aqueles que foram "apenas" indicados.
Apesar de terem uma carreira mais longa e com mais filmes produzidos sua expectativa de vida era menor.

De acordo com outros estudos (não sei quais) sobre expectativa de vida o que ocorre em outras carreiras é justamente o contrário, quanto mais reconhecido, mais realizações e mais conquistas maior é a expectativa de vida.
Isto se dá tanto por motivos comportamentais quanto genéticos.
Nada mais normal e talvez até mesmo belo. Quanto mais sucesso, mais tempo para aproveitá-lo.

Talvez não seja nada mais normal também que os escritores e em especial os roteiristas, sendo uma das classes mais bem preparadas pra reconhecer as ironias da vida, sejam também uma grande vítima dela.

Pelo menos ainda é possível ter a pretensão de ser "apenas" um indicado e viver um pouco mais.

*maravilha

quinta-feira, julho 17, 2008

Artes plásticas geeks

Quem já passou por Mogi das Cruzes com certeza já teve contato com as obras do famoso artista plástico Lúcio Bittencourt.


Desde criança eu gostava dessas esculturas de sucata, eram objetos que além de agradar aos olhos possuíam uma combinação perfeita de qualidades: reciclagem, arte e ferramentas pesadas.

É aí que entram os geeks e levam a arte ao extremo, como essa escultura do líder Optimus de 250kg.
Fantástico para se ter em um canto da sala ou no quarto das crianças.

Imagino que em algum lugar ali exista também um abridor de tampinhas de garrafa, transformando esta escultura não só em objeto de decoração mas também em um utilitário.

Para quem quiser um desses vale uma visita ao site Robot-Models.com.

quarta-feira, julho 16, 2008

Estou de mudança, desculpem-me pelo transtorno


Caros leitores, peço desculpas por ter deixado a atualização do blog um pouco esquecida.

Estou em processo de mudança, não virtual, mudança física mesmo, estou saindo de São Paulo para embarcar em um novo emprego em outra cidade.
Não vou entrar em detalhes nem fornecer maiores informações antes de estar tudo acertado, digamos que o processo de transição já passou dos 80% e quando eu estiver realmente estabelecido publico mais informações (provavelmente no começo de agosto).

Por conta disso tive que fazer várias viagens e meu tempo de conexão ficou extremamente restrito, até a leitura de emails teve de ser reduzida, com um pouco de sorte eu conseguia responder aos mais urgentes e reservar uma ou outra palavrinha aos amigos explicando por onde eu andava e o porquê do meu sumiço.

Agora estou parcialmente de volta e vou tentar colocar o blog em andamento novamente, minha meta é chegar a publicar um post a cada dois dias, com um ou outro lapso no percurso até que a mudança se complete.
É claro que depois tenho o período de adaptação ao novo emprego, mas imagino que a medida em que eu for me adaptando o trabalho vai me dar ainda mais assunto para futuras publicações.

sexta-feira, junho 20, 2008

Sucesso no cinema independente

Parece que não é só por aqui que não se ganha dinheiro com o cinema independente.

De acordo com este artigo de Penelope Spheeris, "Casamento Grego" (My Big Fat Greek Wedding) e "Pequena Miss Sunshine" (Litlle Miss Sunshine) são as exceções que confirmam a regra.

Acaba sendo que o cinema independente é feito por pessoas que gostam da arte e querem por a mão na massa.
Existe também a grande leva de estudantes, estagiários e iniciantes que aceitam trabalhar de graça ou por um salário de fome.
Apenas algumas categorias conseguem realmente viver de cinema, por exemplo, é muito difícil achar algum eletricista que tope trabalhar de graça.
Agora, o que eu achei interessante é que mesmo nos Estados Unidos onde a indústria do cinema funciona de verdade a coisa não melhora muito pro cinema independente.


Pra quem estiver interessado em conferir mais artigos e respostas à dúvidas sobre direção, fotografia e roteiro vale uma visita nos arquivos de Ask a Filmmaker, no IMDB.

terça-feira, maio 27, 2008

Teste vocacional - arqueologia

As vezes o mundo do cinema parece tão injusto quanto a vida.
Na vida ainda temos o Carma, políticos e a ganância humana mas o cinema não tem boas desculpas para tamanha desigualdade social.

Peguemos as profissões por exemplo, algumas profissões estão muito melhor representadas do que outras.
Imagino que não seja por falta de imaginação dos roteiristas (tenho que defender o talento deste grupo de classe).
Com certeza também não é pela falta de apelo imagético que certas profissões possam ter, pois mesmo em tempos de super exposição de efeitos especiais algumas profissões muito chatas à primeira vista acabam se sobressaindo mais do que outras, basta olhar a quantidade de exemplos fornecidos pelo ótimo programa "Trabalho Sujo" da Discovery (Dirty Jobs - este também está naquela categoria de programas honestos da qual Mythbusters faz parte) e a quantidade muito maior de filmes de advogados.


Recentemente assisti ao novo filme do Indiana Jones e me ocorreu que os arqueólogos estão muito bem representados no quesito beleza pessoal.
Com tipos como Harrison Ford e Angelina Jolie para representá-los fica claro que não é qualquer um que pode se tornar um arqueólogo, a beleza é algo essencial.
Que eu saiba nunca conheci um arqueólogo pessoalmente e a grande maioria dos amigos que conheço não passariam no teste de admissão que com certeza deve envolver currículo com foto de corpo e rosto.
Aliás isto poderia explicar uma possível falta de arqueólogos por aí, as agências de modelos chegam até eles e os seduzem com promessas de uma vida mais glamurosa.
Se você ao andar na rua não chama a atenção e nem provoca admiração por onde passa nem pense em se tornar um arqueólogo.

terça-feira, abril 29, 2008

Minha razão para uma possível parada nas postagens

Enquanto alguns param por motivos mais nobres, a verdade é que eu venho experimentando um comportamento estranho no meu computador.
Este comportamento afeta a conexão e não me permite ficar muito tempo conectado, o que no final atrapalha quase tudo que faço, já que estou usando uns 80% do meu tempo pra estudar pela internet.

quarta-feira, abril 16, 2008

Visão do conjunto faz um especialista melhor

É tão bom quando eu fico sabendo de profissionais de verdade que estudaram um pouco mais além de sua área de atuação.
Você percebe nesses profissionais que eles tem uma visão geral da coisa, adquirem um jogo de cintura maior pra resolver os imprevistos (pois sabem se antecipar aos pedidos dos outros departamentos), sabem se comunicar melhor com os outros membros da equipe e quando estão afim de esticar os limites da arte fazem isso com embasamento, não é apenas um devaneio fantasioso de alguém que joga uma idéia e espera que os outros a cumpram.

Estou me referindo aqui às áreas dentro do próprio audiovisual.
É certo que existem roteiristas que estudaram informática e arquitetos que se tornaram diretores, aliás, vários cursos que à primeira vista parecem que não tem nada a ver na verdade contribuem para o audiovisual, mas não estou falando disso.
Estou falando do roteirista que tem noção de direção, do diretor com noções de produção, do produtor que entende de roteiro e de fotografia.

Hoje no curso de Imagem e Som existem oito áreas: Roteiro, direção, edição, fotografia (de vídeo e cinema), hipermídia, som, produção e pesquisa.
Antigamente os alunos faziam todas as matérias e saiam entendendo um mínimo de tudo.
Atualmente existem introduções à estas áreas e no terceiro ano do curso o aluno só pode optar por duas das oito áreas. Esta opção é chamada de "ênfase" (no fundo no fundo é uma introdução alongada).
Na minha opinião o que aconteceu foi que os alunos deixaram de aprender as outras áreas (que são complementares à sua formação).
Como as "ênfases" não são tão aprofundadas assim o aluno não vira sequer um especialista.

O programa do curso passou por esta (suposta) especialização por forças do mercado.
Quando recém-formados quanto mais técnica a sua formação melhor, e muitos estudantes conseguiram se adaptar a isto.
Mas (e aí entra o meu exercício de futurologia) à medida que forem progredindo na carreira estes alunos "especialistas" precisarão conhecer as outras áreas e as matérias mais gerenciais, precisarão conversar mais com os outros departamentos e é neste momento que uma formação univesitária (plena, com visão do conjunto, tanto técnica quanto estética) irá valer a pena.
Isto sem levar em conta aquele fator importantíssimo, o técnico que tem conhecimento das outras áreas consegue conversar e entender melhor as exigências e necessidades dos vários departamentos, tornando-se um especialista ainda melhor.

Acredito que um curso que se proponha a formar um diretor deva dar ele não apenas uma introdução mas boas noções de:
- Roteiro
- Edição
- Fotografia
- Produção
- Direção de atores

Chega a ser ridículo então que uma universidade onde alguém faça uma "ênfase" de direção o aluno só possa estudar uma área a mais.

A mesma coisa vale para produção, no caso acima eu só trocaria direção de atores por som, este seria o meu programa para a formação de produtores.

Aí alguém me pergunta, mas o que um produtor deve saber de fotografia?
Respondo, ele não precisa saber fazer, mas precisa reconhecer o bom profissional, saber quais são os equipamentos e a logística de transporte, qual o tempo que se leva para montar e desmontar o equipamento, lendo a cena no roteiro e conversando com o diretor de fotografia deve saber qual seria o tempo razoável para fazer a tal cena. E por aí vai.
Seu trabalho continua sendo o de produzir, mas quanto mais souber, melhor será a produção.

Atualização (16/04/2008): Acabei de ler um post que propõe e responde (pelo menos em parte) outra questão relacionada a este assunto.
Quanto de tecnologia um diretor precisa conhecer?
Se você for James Cameron acho que quanto mais melhor, porém isso só é válido levando em conta a percepção do espectador.

domingo, abril 06, 2008

Quando parar de escrever

Tenho dificuldade em saber quando começar a escrever.
As vezes fico fazendo rascunhos, escrevendo personagens, situações soltas, pedaços de escaleta (uma espécie de esqueleto de roteiro) para só colocar as palavras no roteiro quando a idéia (cena ou diálogo) já está quase totalmente pronta.

Pessoalmente acho que enrolo demais, gostaria de fazer roteiro de uma forma mais parecida com o jeito que fazia dissertações de vestibular.
Primeiro eu descobria o tema, separava uns cinco pontos principais e os organizava em uma ordem crescente de importância e se possível também numa ordem dramática, imaginava um começo e um fim e depois ia apenas tentando manter a coesão e a coerência enquanto escrevia.
Bom ou ruim (geralmente bom né, tenho que vender meu peixe) tudo acabava em menos de uma hora e ainda tinha uma certa tolerância pra correções de última hora no momento de passar a limpo.

Interessante foi descobrir um dia desses que outra grande questão aflige os escritores, "quando parar de escrever?"
Já havia sentido isso mas foi no blog do Alex Epstein que vi esta preocupação escrita pela primeira vez. O pior é que ele escreveu seu artigo em referência a um outro no blog do Ken Levine, que é um blog que eu normalmente leio, mas tinha deixado esse assunto passar.

Gostei do método do Alex Epstein, que vai escrevendo até não ter muita noção de quando começa a escrever besteira, com a experiência ele já sabe que isso acontece lá pela página 12 (para ele né, pra mim as besteiras começam beeeem mais cedo).
Mas existem métodos mais físicos, como o caso do roteirista que ficava comendo grãos de café cobertos com chocolate a medida em que ia escrevendo, quando suas mãos começavam a tremer demais era a hora de parar.

Pessoalmente eu costumo ir fazendo pesquisas no browser a medida em que escrevo, uma aba para um dicionário, uma aba para o Google, outra para a Wikipédia, várias outras para a Wikipédia, mas quando o número de abas de pornografia supera o de pesquisas isso indica que já é uma boa hora de parar.

E quando chega realmente a hora de parar o que se faz?
Salva-se o arquivo, levanta-se e vai embora? Impulsivo demais.
Dizem que Hemingway costumava parar no meio de uma sentença.
É um método bem interessante, assim cria-se um gancho para a imaginação no dia seguinte, dá a impressão de que o trabalho já está meio começado.

terça-feira, março 11, 2008

O jovem Vargas


Estive pensando sobre o assunto paralelo dos comentários do último artigo. Sobre as pin-ups e Alberto Vargas.
Porque será que as pin-ups são retratadas quase sempre em um fundo inexpressivo? Será que antigamente os artistas tentavam colocar grandes cenários atrás mas ninguém dava bola, focando a atenção apenas nas modelos em primeiro plano? Será que os artistas que desenhavam estas pin-ups seriam tão conformistas assim, pensando, já que ninguém liga pro cenário vou parar de desenhá-lo de vez.

Imaginei como teria sido a história de vida do pobre Vargas, como ele deveria gostar genuinamente de arquiteturas e paisagens, mas o garoto era tão bom em retratar o corpo feminino que na primeira vez em que inseriu uma modelo semi-nua em frente a um chafariz, ninguém mais prestou atenção ao chafariz.
Isto foi se sucedendo com sobrados, florestas e interiores.
Aos poucos Vargas foi apagando a chama de sua paixão e passou a se dedicar àquilo que era realmente bom, retratar mulheres em poses sensuais.
Não é que ele não gostasse de mulheres em poses sensuais, mas a partir daí ninguém mais ligou para seus outros trabalhos artísticos.


Fico pensando também em quantos amigos da Imagem e Som estão enfrentando o mesmo dilema, gostam de uma coisa mas são bons em outra.
Gostam muito de fotografia mas são bons em som, gostam de edição mas são bons em roteiro, gostariam de dirigir mas são bons em produção.
Isto pra ficar dentro da própria área, a coisa se complica muito mais quando o verdadeiro talento de alguém é (por exemplo) tratar de canal mas a pessoa quer por que quer ser um produtor audiovisual.


Alguns tem a sorte de descobrir logo aquilo em que são bons, outros nem tanto, principalmente depois que o curso parou de oferecer algumas disciplinas chaves (edição, roteiro, direção, fotografia, som, produção) para todos os alunos.
Mas descobrir qual é o seu verdadeiro talento não livra o estudante de outra grande questão, será que vale a pena deixar de lado aquilo que se gosta pra se dedicar àquilo que se faz bem, ou àquilo que tem mais demanda e que pode garantir um futuro.

As pin-ups estão aí, e são tão sedutoras que na verdade a gente nem liga pra quantos sonhos morreram, quantos ilustradores de paisagens e cenários desistiram de fazer o que gostavam para poder sobreviver e pagar as contas.

As ilustrações deste artigo são todas de Alberto Vargas, de cima para baixo: On the Road to Guanajuato; Bedroom Interior; The tower of London, 1937; Sweet Dreams.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

HD DVD versus Blu-ray

Hoje foi anunciado o fim desta guerra de formatos que já dura alguns anos (Se ao invés de Blu-ray e HD DVD nos referíssemos a disco digital então a guerra já dura vários anos).

Hoje (19/02) a Toshiba anunciou que irá abandonar o formato HD DVD e cancelar as vendas destes produtos no final de março.
Na minha opinião quem ganha é o consumidor, que não corre mais o risco de escolher um formato que no final das contas sairia perdedor. Afinal quem já tem um HD DVD Player acabou sobrando com um aparelho que só irá tocar os discos comprados até agora, já que os grandes lançamentos serão feitos em Blu-ray de hoje em diante.

Mesmo assim é preciso um certo cuidado na hora da compra, os aparelhos ainda são caros para o consumidor de classe média (não se comparam com os R$200 de um bom player de DVD) e a maioria dos aparelhos de Blu-ray vendidos atualmente não tem suporte para todo o pacote de tecnologia que o padrão oferece, sendo o Playstation 3 a única exceção.
Mesmo se você tiver dinheiro em caixa e estiver disposto a gastar é recomendável esperar por aparelhos Blu-ray mais compatíveis. Ou então compre logo um Playstation 3.


Para saber mais sobre essas tecnologias apresento algumas páginas do site How Stuff Works (o UOL está hospedando as versões traduzidas em português, é para essas que os links apontam):
Como o Blu-ray funciona*
Como o HD DVD funciona*
* estas páginas podem estar um pouco datadas, a primeira vez que tive contato com as versões em inglês foi em 2004.

E uma tecnologia de um futuro talvez não muito distante, o disco holográfico (HVD).

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Cuidados com vírus neste carnaval

Esta foi uma das semanas de carnaval mais longas que eu já tive.
Fui visitar os meus pais e como sou responsável pela manutenção do PC fiquei encarregado de instalar o Norton 360, já que o Norton Internet Security que usávamos antes estava com a renovação vencida e não fazia mais updates.

Aí começou a saga da instalação, pra resumir entrei em contato com três assistências técnicas: Microsoft, Symantec e HP (fabricante do PC) e pasmem, a assistência que me deu mais suporte foi a da Microsoft.
O problema é que o Norton 360 não abre corretamente nas contas de usuário limitado (no Windows XP Home), na conta de administrador tudo corre às mil maravilhas mas nas contas limitadas o programa não abre. Depois de instalar vários updates do Norton 360 o ícone voltou a aparecer na barra de ferramentas, porém o programa não abre, então fica faltando aquela sensação de segurança, de que tudo está funcionando normalmente.
O problema ainda não foi solucionado, mas a forma como as assistências técnicas lidaram com a situação me fez ver como a ficção não está tão longe assim da realidade, afinal de contas, a arte também imita a vida.


Sim, estou me referindo a "The IT Crowd", uma série que eu não sabia que iria se revelar tão profética, provavelmente deve ser a série preferida da Symantec, só esperava que eles não incorporassem o mesmo comportamento na vida real.
Para quem não está familiarizado o pessoal do IT tem uma frase padrão sempre que alguém liga com problemas no computador:"Você já tentou desligar e ligar novamente?"
Isto resume muito realisticamente a ajuda da Symantec, das quatro vezes em que entrei em contato com seu suporte me pediram praticamente a mesma coisa "Já tentou desinstalar e instalar novamente?".
Devo ter desinstalado e instalado umas dez vezes no total, a certa altura me informaram que talvez eu não tivesse removido tudo o que o Norton Internet Security tinha deixado (coitado, nunca deu problema e agora queriam torná-lo bode expiatório), me forneceram uma ferramenta de desinstalação assim como instruções para apagar o registro do Windows e vários arquivos obscuros que continuam no seu computador quando você faz uma desinstalação normal (continuam ocupando espaço em disco mesmo que o programa não esteja mais lá).
Tudo bem, fiz a desinstalação-super-hiper e resultado, o Norton 360 continua não abrindo em contas limitadas.
No nosso último contato fui aconselhado a apagar todos os arquivos obscuros (de novo), rodar o verificador de erros e também o desfragmentador de discos.
Hum, não sei porque mas tenho a impressão de que isso também não vai dar certo, infelizmente só poderei fazer a tentativa na próxima visita aos meus pais.
O mais chato é que nenhum técnico conseguiu explicar como um destes possíveis arquivos remanescentes poderia estar causando o erro. Se essa fosse a causa real, estatisticamente, eles já deveriam ter recebido (muitas) reclamações semelhantes de praticamente qualquer novo usuário do Norton 360 que tivesse algum outro produto Norton instalado anteriormente (no Windows XP Home).

De qualquer forma deixo aqui o aviso que poderia muito bem ser dado pelo pessoal de "The IT Crowd", você já desinstalou e instalou hoje?


*As fotos deste artigo estão aqui unicamente com fins promocionais e seu copyright pertence provavelmente à companhia que as criou.

sábado, fevereiro 02, 2008

Carnaval saudosista

Este ano estou conseguindo me afastar de quase tudo relativo ao carnaval, talvez tenha dado sorte, ou talvez esteja mais alienado do que nunca, não sei. Provavelmente um pouco dos dois.

As únicas notícias que estou fazendo questão de acompanhar dizem respeito à greve da dos roteiristas da WGA, isto e estudar roteiros através de alguns podcasts, pelo menos estou entendendo melhor como Hollywood funciona e sobre o processo de construção dos filmes.

Talvez isto explique porque este ano o carnaval está me fazendo sentir meio saudosista.

Pra mim o samba morreu, é praticamente uma arte extinta, morta lentamente pelos samba-enredos que a cada ano colocavam mais um prego em seu caixão.
Para completar o funeral surgiu o aché, e pra quem tinha bom gosto e achava que não dava pra afundar mais, surpresa, surgiram É o Tchan e grupos similares, depois o funk e hoje escuto um ou outro carro que passa com o som bombando com algo que dificilmente seria chamado de música.

Achei ótimo um ano em que a MTV lançou uma programação só com Rock para o carnaval, nesta época eu não tinha acesso a TV por cabo e era minha única saída.
Rock'n Roll e Blues, isto sim daria pra escutar três dias seguidos sem cansar.
Hoje tenho acesso ao cabo, é só questão de garimpar a programação, neste sábado por exemplo passa Babylon 5 na Warner channel.

Mas o que estou querendo mesmo é fazer uma grande maratona de flashbak pela década de 80 (adentrando um pouco por 70 e 90). Ocupar todo meu tempo livre para que o carnaval não chegue até mim.
Aqui vão as minhas sugestões:

e pra fechar com chave de ouro:

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Pussycatdolls e Big Brothers

Desta vez não fiz a lição de casa.
Sou todo a favor do conhecimento, agregar e processar informação, entender o mundo em que vivemos, mas confesso que as vezes a ignorância é uma benção.


Não sei quem são as Pussycat Dolls e não sei o que elas cantam (então elas cantam?), nunca consegui assistir mais de 15min seguidos de Pussycat Dolls Present.
Imagino que deva ser mais um desses grupinhos pop pré-fabricados que conseguem emplacar algum sucesso, soma-se a dança e vocais alterados um pouco de erotismo/vulgaridade e pronto, sucesso garantido. Pelo menos até a próxima sensação sem conteúdo aparecer.

Estamos vivendo o auge dos "reality shows", este gênero (ou coletânea de gêneros) já teve o seu boom com o surgimento dos Survivor's, Big Brother's e similares, hoje estamos em um platô, uma possível estabilização, porém, hoje em dia tudo pode se transformar em um reality show, onde a onda do programa passado diminui apenas para dar lugar a novos realitys.

Já que estamos em uma época onde a vulgaridade, o ridículo e o bizarro (os três não necessariamente no bom sentido) estão em voga, lançarei aqui o reality show que será o sucesso da próxima temporada.


"Strip Cat Dolls - Em busca da melhor striper".
Vinte garotas de parar o trânsito serão testadas a cada semana nas mais variadas formas de palcos, postes e danças sensuais.
Instrutores e dançarinos irão prepará-las para o desafio, dando aulas de etiqueta e dança; de dança do ventre à hula-hula, a até mesmo danças no cano e à (enganadoramente) simples "lap dance".


Mas se parássemos aí não teria nada de novo em relação à baixaria que passa atualmente na TV, é aqui que entra a parte cultural.
As meninas irão fazer uma excursão pelo Brasil (ou até mesmo por vários países) passando por diversas casas de strip-tease, desde boates elitistas de luxo a becos escuros, indo de grandes cidades até o mais interno interior e postos de beira de estrada.
Ao mesmo tempo explicando a história do lugar e desta incrível e antiga arte de sedução.
No final do programa um especialista dará dicas de dança, exercícios e alongamentos para serem praticados pela dona-de-casa comum que se preocupa em dar uma incrementada na relação.

O mais importante deste programa será lançar uma pedra fundamental, o fim da hipocrisia na TV. Stripers serão stripers e prostitutas serão tratadas como prostitutas, ou seja, como seres humanos, assim como eu e você.
E o prêmio? Nada de dinheiro, mas uma vaga garantida no próximo Big Brother Brasil (BBB) da rede Globo.

quinta-feira, agosto 30, 2007

Think Different

Estava lendo um artigo sobre o nível de detalhes nos ícones do Mac OSX 10.5, o que antes eram letrinhas ilegíveis no ícone do Editor de Texto do Mac se transformou num trecho daquela linda campanha "Think Different".
Como estava com saudades desse texto resolvi postá-lo aqui.



Here's to the crazy ones

"Here’s to the crazy ones.


The misfits.

The rebels.

The troublemakers.

The round pegs in the square holes.

The ones who see things differently.


They’re not fond of rules.

And they have no respect for the status quo.


You can praise them, disagree with them, quote them,

disbelieve them, glorify or vilify them.

About the only thing you can’t do is ignore them.

Because they change things.

They invent. They imagine. They heal.

They explore. They create. They inspire.

They push the human race forward.


Maybe they have to be crazy.

How else can you stare at an empty canvas and see a work of art?
Or sit in silence and hear a song that’s never been written?
Or gaze at a red planet and see a laboratory on wheels?

We make tools for these kinds of people.

While some see them as the crazy ones,
we see genius.

Because the people who are crazy enough to think
they can change the world, are the ones who do."