Procurar assuntos relacionados

Custom Search

terça-feira, abril 22, 2008

Roteirista freelancer em seriados

Este artigo tem dois pontos, um principal que é o assunto do artigo em si e outro secundário.

Começando pelo ponto secundário, sempre vale a pena detonar a campanha realizada pela Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) cujo principal slogan é o seguinte, "eu pago, eu escolho o que quero ver na minha tv por assinatura", sendo que esta frase é colocada na boca de um "fictício" consumidor.
À primeira vista parece mesmo muita sacanagem, você, trabalhador honesto que passa o dia ralando pra ganhar o seu suado dinheirinho não poder escolher o que quer ver na sua tv por assinatura.
Então é hora de acordar, você não tem, não teve e nem vai ter o direito de escolher o que quer ver na sua tv por assinatura.
Quem escolhe são as grandes empresas, os conglomerados de mídia, os executivos por trás dos canais, nunca o consumidor.
E quando se trata de tv por assinatura tenho a vaga sensação de que as cabeças principais não estão nem no Brasil.


Pronto, desabafo feito é melhor voltar ao ponto principal.
Há um tempo atrás estava conversando com uma amiga sobre a nova leva de seriados e de como "Moonlight" (da Warner) parecia um lixo, comentei então sobre "Bood Ties", uma série canadense que estava sendo muito bem criticada.
Nunca fui muito fã de "Buffy", mas adoro histórias com vampiros.
É que em "Buffy" eles morriam fácil demais, tinham que ter cuidado até pra palitar os dentes porque afinal de contas um palito de dentes não deixa de ser uma estaca de madeira, só que muito pequena.
De qualquer forma, os vampiros estão aí e o público também, pra quem souber contar as histórias direito.

Ainda não tive a oportunidade de assistir à "Blood Ties" (e se for depender dos grandes conglomerados que controlam a programação da minha tv por assinatura nunca vou assistir, pelo menos não na televisão) mas foi lendo sobre esta série que eu encontrei um dos relatos mais completos da experiência de um roteirista de séries freelancer.
A produção é canadense mas a experiência me pareceu bem próxima daquilo que eu leio sobre roteiristas freelancers nos EUA.

No caso a pessoa em questão não era apenas um roteirista, era Tanya Huff, escritora dos "Blood Books" os livros que foram a inspiração para o seriado.
Um belo dia, Peter Mohan, o criador da série a convida para escrever um episódio e Tanya aceita.
Mesmo sendo a escritora dos livros que deram origem à série, Tanya ainda era uma roteirista de primeira viagem, talvez por isto seu relato possua tanto frescor e de certa forma seja até didático, mostrando aos interessados um pouco da via sacra por que passa um roteiro, desde a primeira idéia, ao brainstorming na sala de roteiristas (o famoso writersroom), às várias notas que o roteirista recebe e o processo de reescrever e reescrever.

Se prepare para várias páginas de leitura, mas pra quem gosta de roteiros, seriados e/ou se interessa em saber como eles são feitos vale muito a pena.
- Parte um
- Parte dois
- Parte três
- Parte quatro e considerações finais

Nenhum comentário: